terça-feira, 10 de março de 2009



Carla de Andrade Camurati (Rio de Janeiro, 14 de outubro de 1960) é uma cineasta e atriz brasileira.
Índice[esconder]
1 Biografia
2 Filmografia
2.1 Como diretora
2.2 Como atriz
3 Premiações
4 Ligações externas
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[editar] Biografia
Após uma premiada carreira como atriz de cinema e televisão, nos anos 80, Carla Camurati lançou-se como diretora, produtora, roteirista e distribuidora em 1995, com o longa-metragem Carlota Joaquina – A princesa do Brasil, filme que se tornou um marco da era da retomada da produção nacional. Foi o primeiro sucesso de público do cinema nacional na década de 1990, com participação em quarenta festivais e cerca de 1,5 milhão de espectadores conquistados graças a uma iniciativa de distribuição totalmente independente liderada pela própria Carla Camurati.
Antes de estrear na direção de longas, dirigiu dois curtas-metragens: A mulher fatal encontra o homem ideal (1987) e Bastidores (1990). Em 1997, novamente dirigiu, escreveu e distribuiu um longa-metragem, La serva padrona, baseado na ópera de Pergolesi, primeiro filme-ópera do Brasil. A partir desse filme, começou a se dedicar à direção de óperas teatrais pelo Brasil, dentre elas Madame Butterfly de Puccini, em 1999, sob a regência de Isaac Karabitchevsky; Carmen de Bizet, em 2001, sob a regência de Jamil Maluf; O Barbeiro de Sevilha de Gioacchino Rossini, em 2003, sob a regência de Silvio Viegas; e Rita de Donizetti, em 2007, sob a regência de Débora Valdman.
Em 2001, realizou seu terceiro filme, Copacabana, inspirado em histórias do famoso bairro carioca. É uma das sócias fundadoras e diretoras da Copacabana Filmes e Produções, produtora que, em mais de dez anos de atuação, estabeleceu-se como uma das mais renomadas do país na produção de peças teatrais, filmes, óperas, pós-produção cinematográfica, realização de eventos de promoção cultural, distribuição de cinema e, mais recentemente, também na produção de publicidade.
A partir de 2001, ampliou seu trabalho como produtora e distribuidora, abrindo a Copacabana Filmes também para títulos de outros diretores, como A pessoa é para o que nasce (2004), de Roberto Berliner; e o documentário Janela da alma (2002), de João Jardim e Walter Carvalho. Desde 2003 é uma das diretoras do FICI (Festival Internacional de Cinema Infantil) que, em parceria com o circuito Cinemark, percorre oito cidades com filmes para crianças e títulos de diversas nacionalidades.
Dentro das iniciativas promovidas pelo Festival Infantil está o projeto "A tela na sala de aula", que leva os filmes para serem trabalhados em salas de aula da rede pública. Seu quarto filme, Irma Vap - O retorno, inspirado na peça de grande sucesso O mistério de Irma Vap, estreou em 2006. Em 2007, distribuiu o documentário Pro dia nascer feliz, de João Jardim, que já atingiu a expressiva marca de mais de cinqüenta e um mil espectadores. Ficheiro:Foto7.jpg

[editar] Filmografia

[editar] Como diretora
2007 - Rita, de Donizetti (ópera - teatro)
2006 - Irma Vap - o retorno
2004 - Madame Butterfly, de Giacomo Puccini (viagem com a ópera - teatro)
2003 - O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini (ópera - teatro)
2001 - Copacabana
2001 - Carmen de Georges Bizet] (ópera - teatro)
1999 - Rainha da Beleza, de Leenane (teatro)
1999 - Madame Butterfly de Giacomo Puccini (ópera - teatro)
1998 - La serva padrona (longa-metragem)
1997 - La serva padrona, de Giovanni Battista Pergolesi (ópera - teatro)
1995 - Carlota Joaquina, Princesa do Brazil
1990 - Bastidores (curta-metragem)
1987 - A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (curta-metragem)

[editar] Como atriz
2003 - O Ovo
1996 - Antônio Carlos Gomes
1996 - Carlota Joaquina, Princesa do Brazil
1994 - Lamarca
1991 - Grande Pai (telenovela)
1991 - O Corpo
1990 - Brasileiros e Brasileiras (telenovela)
1989 - Pacto de Sangue (telenovela)
1988 - Fera Radical (telenovela)
1987 - Eternamente Pagu
1987 - A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (curta-metragem)
1986 - Cidade Oculta
1985 - O Tempo e o Vento (minissérie)
1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez
1984 - A Estrela Nua
1984 - Livre para Voar (telenovela)
1984 - A Mulher do Atirador de Facas
1983 - Champagne (telenovela)
1983 - Onda Nova
1982 - O Olho Mágico do Amor
1982 - Sol de Verão (telenovela)
1981 - Brilhante (telenovela)
1981 - O Olho Mágico do Amor

[editar] Premiações
Kikito de Ouro de Melhor Atriz, no Festival de Gramado, por Eternamente Pagu (1987).
Kikito de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante, no Festival de Gramado, por O olho mágico do amor (1981).
Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por sua atuação em A estrela nua (1985).










Andrucha Waddington
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Andrew "Andrucha" Waddington (Rio de Janeiro, 1970) é um diretor e produtor de cinema e publicidade brasileiro. É um dos sócios da Conspiração Filmes, junto com o cunhado, o diretor Cláudio Torres. É casado com a atriz Fernanda Torres, com quem é pai de Joaquim, nascido em 2000, e de Antonio, nascido em 2008. Anteriormente foi casado com Kiti Duarte, mãe dos seus dois filhos mais velhos, João e Pedro.
É irmão do diretor de televisão Ricardo Waddington, da diretora de cinema na França Tatiana Junod (Revista Europa para a GNT) e do diretor de televisão e marketing Viktor Junod (TV Bandeirantes - Rede Manchete - Globosat).

[editar] Filmografia
Maria Bethania - Pedrinha de Aruanda (2007)
Casa de Areia (2005)
Viva São João! (2002)
Outros (Doces) Bárbaros (2002)
Os Paralamas do Sucesso - Longo Caminho (2002)
Eu Tu Eles (2000)
Gêmeas (1999)

[editar] Prémios
Recebeu duas nomeações ao Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Realizador, por "Eu Tu Eles" (2000) e "Casa de Areia" (2005).
Recebeu uma nomeação ao Grande Prémio Cinema Brasil de Melhor Documentário, por "Viva São João" (2002).
Ganhou uma Menção Especial na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, por "Eu Tu Eles" (2000).
Ganhou o prémio de Melhor Filme no Festival de Havana, por "Eu Tu Eles" (2000).
Ganhou o prémio de Melhor Filme e o Prémio da Crítica no Festival de Cartagena, por "Eu Tu Eles" (2000).
Ganhou o prémio de Melhor Realizador no Cine PE - Festival do Audiovisual, por "Viva São João" (2002).

[editar] Curiosidades
Andrucha é um hipocorístico para o seu nome, "Andrew". Sua mãe, a psicanalista Irina Popow, é russa de nascimento e sempre o chamou de Andrucha, em russo Андрюша, que é o diminutivo de Андрей (Andrei), André em russo.

Glauber Rocha







Cineasta Filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha, Glauber Rocha nasceu na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.
Foi criado na religião da mãe, que era convertida ao
presbiterianismo por ação de missionários americanos da Missão Brasil Central.
Alfabetizado pela mãe, estudou no Colégio do Padre Palmeira - instituição transplantada pelo padre Luís Soares Palmeira de
Caetité (então o principal núcleo cultural do interior do Estado).
Em
1947 mudou-se com a família para Salvador, onde seguiu os estudos no Colégio 2 de Julho, dirigido pela Missão Presbiteriana, ainda hoje uma das principais escolas da cidade.
Ali, escrevendo e atuando numa peça, seu talento e vocação foram revelados para as
artes performativas. Participou em programas de rádio, grupos de teatro e cinema amadores, e até do movimento estudantil, curiosamente ligado ao Integralismo.
Começou a realizar filmagens (seu filme Pátio, de
1959, é o primeiro curta-metragem da Bahia) , ao mesmo tempo em que ingressou na Faculdade de Direito da Bahia (hoje da Universidade Federal da Bahia, entre 1959 a 1961), que logo abandonou para iniciar uma breve carreira jornalística, em que o foco era sempre sua paixão pelo cinema. Da faculdade foi o seu namoro e casamento com uma colega, Helena Ignez.
Sempre controvertido, escreveu e pensou cinema. Queria uma arte engajada ao pensamento e pregava uma nova estética, uma revisão crítica da realidade. Era visto pela
ditadura militar que se instalou no país, em 1964, como um elemento subversivo.
No livro
1968 - O ano que não terminou, Zuenir Ventura registra como foi a primeira vez que Glauber fez uso da maconha, decepcionando a todos - bem como o fato de, segundo Glauber, esta droga ter seu consumo introduzido na juventude como parte dos trabalhos da CIA (Agência Americana de Inteligência) no Brasil.
Em
1971, com a radicalização do regime, Glauber partiu para o exílio, de onde nunca retornou totalmente. Em 1977, viveu seu maior trauma: a morte da irmã, a atriz Anecy Rocha, que, aos 34 anos, caiu em um fosso de elevador. Antes, outra irmã dele morreu, aos 11 anos, de leucemia.
Glauber faleceu vítima de septicemia, ou como foi declarado no atestado de óbito, de choque bacteriano, provocado por broncopneumonia que o atacava há mais de um mês, na Clínica Bambina, no
Rio de Janeiro, depois de ter sido transferido de um hospital de Lisboa, capital de Portugal, onde permaneceu 18 dias internado. Residia há meses em Sintra, cidade de veraneio portuguesa, e se preparava para fazer um filme, quando começou a passar mal.

[editar] O cineasta
Antes de estrear na realização de uma longa metragem (
Barravento, 1962), Glauber Rocha realizou vários curtas-metragens, ao mesmo tempo que se dedicava ao cineclubismo e fundava uma produtora cinematográfica.
Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969) são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos da América. Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague.
Glauber Rocha foi um cineasta controvertido e incompreendido no seu tempo, além de ter sido patrulhado tanto pela direita como pela esquerda brasileira. Ele tinha uma visão apocalíptica de um mundo em constante decadência e toda a sua obra denotava esse seu temor. Para o
poeta Ferreira Gullar, "Glauber se consumiu em seu próprio fogo".
Com Barravento ele foi premiado no Festival Internacional de Cinema da
Tchecoslováquia em 1963. Um ano depois, com 'Deus e o diabo na terra do sol, ele conquistou o Grande Prêmio no Festival de Cinema Livre da Itália e o Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Acapulco.
Foi com
Terra em Transe que tornou-se reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. Outro filme premiado de Glauber foi O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, prêmio de melhor direção no Festival de Cannes e, outra vez, o Prêmio Luiz Buñuel na Espanha.
«Inventar-te-ia antes que os outros te transformem num mal-entendido.»
(Glauber Rocha)

[editar] Filmografia
Longa-metragens
Ano
Filme
Prêmios e Indicações
1962
Barravento
1963
Deus e o Diabo na Terra do Sol
Indicado: Festival de Cannes: Palma de Ouro
1967
Terra em Transe
Vencedor Festival de Cannes: FIPRESCIIndicado: Festival de Cannes: Palma de Ouro
1968
O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro
Vencedor Festival de Cannes: Melhor DiretorIndicado: Festival de Cannes: Palma de Ouro
1970
Cabeças Cortadas
1971
O Leão de Sete Cabeças
1972
Câncer
1975
Claro
1980
A Idade da Terra
Documentários e curta-metragens
1959 - O Pátio A
1966 -
Maranhão 66 B
1974 - História do Brasil
1974 -
As Armas e o Povo C
1976 -
Di Glauber
1979 -
Jorge Amado no cinema
A – Glauber estréia com um curtametragem hermético e experimental, vertentes que logo em seguida ele renegará em favor de um cinema político, mas que reaparecerão mais tarde em filmes como Câncer e A idade da terra.
B – Documentário que registra a posse de
José Sarney como governador do Maranhão. Foi financiado pelo próprio evento que marcou o início da domínio político da família Sarney no Estado, interrompido em 1º de Janeiro de 2007 com a posse do Governador Jackson Lago de oposição à família. Em contraponto ao discurso de posse e da multidão em celebração, o filme mostra a miséria da população a ser governada. Algumas das imagens documentais da festa foram usadas na montagem de Terra em transe.
C – Filme coletivo.

[editar] Ver também

A Wikipédia possui o Portal da Bahia. Artigos sobre história, cultura, personalidades e geografia.
Vitória da Conquista
Corisco
Elomar Figueira Mello

[editar] Ligações externas

O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Glauber Rocha.
Tempo Glauber
Documentário experimental sobre Glauber Rocha feito por Ivan Cardoso
Teatro Glauber Rocha
Obtido em "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Glauber_Rocha"